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Visita de Estudo CNB

quarta, 10/05

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Teatro Camões

Visita de estudo dos alunos do Ensino Artístico Especializado à CNB, para assistência ao Espetáculo Noite Stravinski.

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Visita de Estudo CNB

Hora & Local

10/05/2023, 15:00 – 17:00 WEST

Teatro Camões, Passeio de Neptuno, 1990-193 Lisboa, Portugal

Sobre o Evento

Visita de estudo dos alunos do Ensino Artístico Especializado à CNB, para assistência ao Espetáculo Noite Stravinski.

SINOPSE:

Igor Stravinski (1882-1971) é um dos nomes maiores da música do século XX.

Estudou direito e piano, antes de se dedicar por inteiro à composição. Mestre nas distorções, do vocabulário e princípios do sistema tonal, as suas obras, tão geniais quanto perturbadoras, tornaram-se referências em bailados, óperas, oratórias, concertos, sinfonias, entre outros.

O início da sua carreira está intimamente ligado aos Ballets Russes de Diaghilev, Companhia para a qual compôs algumas das suas peças para dança mais conhecidas, como O Pássaro de Fogo, Petrouska, A Sagração da Primavera, As Bodas ou Apollon Mousagette. Trabalhou ainda de perto com o coreógrafo George Balanchine com quem estabeleceu uma cumplicidade maior através de um diálogo artístico constante.

Neste programa, homenageamos o compositor que tanto contribuiu para o desenvolvimento da música do século XX, bem como para a dança, pela forma como inspirou artistas, coreógrafos, intérpretes e o público. Através de coreografias de Vaslav Nijinski e Mauro Bigonzetti, percorremos obras maiores que são exemplo da sua genialidade.

AS BODAS

As Bodas é um bailado abstracto e formal com movimentos precisos e rígidos que dão à peça um aspecto quase “estatuístico”. Nele explora-se uma visão académica e estética da beleza.

INTERMEZZO

Criada para um pequeno número de casais, a Suite Italienne é um ballet “concencertante”. O termo “concencertante” é utilizado no seu significado literal: entidades individuais, que respiram independentemente, desenvolvem-se e invadem-se umas às outras graças à contínua troca de temas que surgem e, consequentemente, trazem consigo uma harmonia contínua.

A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA

A estreia de A Sagração da Primavera, a 29 de maio de 1913, provocou um dos maiores escândalos de que há memória na estreia de um espetáculo. Tanto a partitura como a própria coreografia, que foi desenvolvida sobre a música, representaram uma ruptura com os cânones anteriores. Toda a obra era uma novidade para o público, o que provocou não só opiniões divergentes como um verdadeiro tumulto dentro do Théâtre des Champs-Elysées. Gritos, discussões, uivos e até troca de murros são descritos por muitos dos que assistiram a esta estreia tão peculiar. Consta que o barulho produzido por estes tumultos era tanto que os próprios bailarinos tiveram dificuldade em ouvir a música. Esta reação ao espetáculo teve uma dimensão tão grande que a polícia foi chamada a intervir. Adorada por uns, repudiada por outros, acabaria por ser retirada do repertório dos Ballets Russes de Diaghilev e, consequentemente, remetida ao esquecimento.

Com um libreto desenvolvido por Igor Stravinski e Nicholas Roerich e inspirado na cultura eslava pagã, A Sagração da Primavera evoca um ritual de culto a Yaralo, deus da fecundidade eslavo. Esta obra, que não segue uma estrutura narrativa, divide-se em dois atos: A adoração da terra e O Sacrifício.

No primeiro ato, diferentes grupos de homens e mulheres praticam rituais, através de movimentos ritmados e dinâmicos. Todos eles representam diferentes grupos etários (adolescentes, jovens, adultos) de uma comunidade.

No segundo ato, um grupo de donzelas dança num círculo ininterrupto. A primeira a vacilar deverá sacrificar-se pela sua comunidade, dançando até à morte.

Apesar de renegada e esquecida, A Sagração da Primavera, viria a tornar-se um marco da história da dança. Em 1987, e após anos de pesquisa, Millicent Hodson e Keneth Archer estreiam no Joffrey Ballet a reconstrução desta obra de Vaslav Nijinski, que se encontrava praticamente perdida e, em 1994, a mesma passa a fazer parte do repertório da CNB.

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